Mariangela Hungria recebe o “Nobel da Agricultura” por avanços em insumos biológicos

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Por sua relevante contribuição ao desenvolvimento de insumos biológicos para a agricultura, a cientista brasileira Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja, é a laureada da edição de 2025 do Prêmio Mundial de Alimentação — World Food Prize (WFP) —, reconhecido como o “Nobel da Agricultura”.

O prêmio reconhece anualmente personalidades que contribuem para o aprimoramento da qualidade e da disponibilidade de alimentos no mundo, sendo também conhecido como o “Nobel” da agricultura e alimentação, uma vez que essa categoria não é contemplada entre as premiações oficiais do Nobel.

Para a pesquisadora, durante muitos anos prevaleceu a ideia de que era necessário produzir alimentos para acabar com a fome no mundo. No entanto, seu trabalho sempre esteve pautado na produção de alimentos de forma sustentável. A abordagem da Dra. Mariangela é “’produzir mais com menos’ — menos insumos, menos água, menos terra, menos esforço humano e menor impacto ambiental — sempre com foco em uma agricultura regenerativa”, reforça.

Seu brilhante trabalho científico e sua visão dedicada ao avanço da produção agrícola sustentável, voltada a alimentar a humanidade com o uso criterioso de fertilizantes químicos e insumos biológicos, lhe renderam reconhecimento global, tanto no Brasil quanto no exterior.

Kim Reynolds, governadora de Iowa (EUA), celebrou a homenagem: “Como cientista pioneira e mãe, a Dra. Hungria também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam encarnar ambos os papéis. As suas descobertas e desenvolvimentos contribuíram para levar o Brasil a tornar-se um celeiro mundial. O Prêmio reconhece aqueles cuja coragem e inovação transformam o nosso mundo”, destacou.

Mariangela está sendo reconhecida por sua trajetória de mais de 40 anos dedicados ao desenvolvimento de tecnologias em microbiologia do solo, permitindo aos produtores rurais alcançar altos rendimentos com menores custos e impactos ambientais reduzidos. A ênfase de suas pesquisas tem sido o aumento da produção e da qualidade de alimentos por meio da substituição total ou parcial de fertilizantes químicos por microrganismos com propriedades como fixação biológica de nitrogênio (FBN), síntese de fitormônios e solubilização de fosfatos e rochas potássicas.

Associado aos trabalhos com a soja, a pesquisadora também coordena pesquisas que resultaram em outras tecnologias: autorização e recomendação de bactérias (rizóbios) e coinoculação para a cultura do feijoeiro; Azospirillum brasilense para as culturas do milho, do trigo e de pastagens com braquiárias. Ainda em relação às gramíneas, em 2021, sua equipe lançou uma tecnologia que permite reduzir em 25% a fertilização nitrogenada de cobertura em milho por meio da inoculação com A. brasilense, gerando benefícios econômicos significativos para os agricultores e impactos ambientais positivos para o país.

Dra. Mariangela já recebeu diversas premiações por sua atuação em sustentabilidade na agricultura, como o Frederico Menezes, o prêmio Lenovo-Academia Mundial de Ciências, homenagens da Frente Parlamentar Agropecuária e da Fundação Bunge. Em 2025, foi agraciada com o Prêmio Mulheres e Ciência, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério das Mulheres, o British Council e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe.

Saiba mais no site da Embrapa

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