Será que ainda dá tempo de agir?

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Temperaturas elevadas e chuvas fortes estão matando

Há décadas cientistas apontam que as atividades humanas estão interferindo no clima global e que é necessário mudar o modelo de desenvolvimento econômico adotado  no fim da II Guerra Mundial. As consequências desse modelo, inicialmente visíveis com o aumento da exclusão social, apontavam aumentos na temperatura no planeta.

Em julho deste ano, a temperatura média global foi cerca de 1,5 °C mais quente do que a registrada até 1850. O verão do hemisfério norte foi um 1,5°C mais quente, uma primeira prévia do aquecimento global que os cientistas alertam e que tem se aproximado rapidamente nos últimos anos. No Brasil, o aumento de temperatura em municípios com poucos milhares de habitantes é equivalente ao observado em grandes metrópoles. E estudos apontam que regiões mais quentes podem apresentar temperaturas até 4ºC acima das áreas rurais no entorno. Com as temperaturas cada vez mais altas, os moradores das cidades sofrem ao sentir as consequências das chamadas “ilhas de calor”, fenômeno que ocorre quando a temperatura em uma área urbana aumenta em relação aos seus arredores. 

Ai que calor!

Neste ano de 2023, chuvas fortíssimas e elevadas temperaturas têm chamado atenção das autoridades públicas e da população brasileira. No bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro,  em 4 de fevereiro, a sensação térmica chegou a 58ºC. Dez dias depois, em Brasília, a temperatura chegou a 32,4ºC, marca considerada a mais quente de fevereiro nos últimos três anos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os últimos dias do inverno brasileiro foram marcados por temperaturas de 40 °C, típicas de verão bem quente. 

Desequilíbrio ambiental à vista

Chuvas intensas no Sul do país com Porto Alegre registrando 413,8 mm de chuvas em setembro, o que representou o mês mais chuvoso de 1916, quando se iniciaram as medições e quase o triplo da média mensal registrada na cidade. Fumaça de queimadas e estiagem severa no Norte com o Rio Amazonas, um dos maiores do mundo, atingindo uma redução da sua vazão como nunca visto antes. 

Novos dados revelaram que os oceanos atingiram a temperatura mais alta já registrada, o que traz implicações sombrias para o planeta. Afinal, os oceanos são fundamentais para regular o clima do planeta, pois absorvem o calor, produzem metade do oxigênio da Terra e controlam os padrões climáticos. 

Correndo contra o tempo

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês), divulgou em 20 de março deste ano o relatório síntese do seu atual ciclo de avaliações sobre o aquecimento global provocado pelo homem. O documento não traz novos dados; apenas resume o conteúdo dos seis últimos relatórios elaborados pelo painel, reconhecido mundialmente como a fonte mais confiável de informações sobre as mudanças do clima. E apontam que ainda há esperança para estabilização de gases de efeito estufa na atmosfera. Mas muito precisa ser feito para evitar o colapso climático do planeta. Suas principais conclusões são:

  • O uso de combustíveis fósseis está impulsionando de forma esmagadora o aquecimento global;
  • A temperatura global da superfície aumentou mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos durante os últimos 2000 anos;
  • Para manter o aquecimento em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas de forma profunda, rápida e sustentável em todos os setores;
  • Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050;
  • Os atuais níveis de financiamento para o clima são altamente inadequados, e ainda pesadamente ofuscados pelos fluxos financeiros para as energias fósseis;
  • A mudança climática reduziu a segurança alimentar e afetou a segurança da água, e os eventos de calor extremo estão aumentando as taxas de mortalidade e doenças;
  • Apesar da crescente conscientização e criação de políticas, o planejamento e a implementação da adaptação estão ficando aquém do necessário;
  • Para que o nosso mundo seja sustentável e igualitário, precisamos tomar as medidas certas agora;
  • Um futuro resiliente e habitável ainda está disponível para nós, mas as ações tomadas nesta década para produzir cortes de emissões profundos, rápidos e sustentados representam uma janela rapidamente estreita para a humanidade limitar o aquecimento a 1,5°C com mínimo ou nenhum excesso. 

Suar mais camisa trabalhando mais do que sentindo calor

Cada um de nós dentro da sua pequena realidade pode contribuir nessa maratona dos efeitos climáticos. A boa notícia é que há muitas pessoas de olho no cronômetro. Investir em ações para minimizar o impacto ambiental, mensurar emissões de gases de efeito estufa e, sobretudo, reduzir essas emissões são parte da solução e a Fauna existe para ajudar negócios que buscam desenvolver ou ampliar seu impacto positivo socioambiental oferecendo soluções customizadas, criativas e sustentáveis.

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